MOVE4INCLUSIVENESS

O projeto MOVE4INCLUSIVENESS visa combater as desigualdades através da promoção e democratização da atividade física, com foco nas populações vulneráveis, incluindo as populações infantil, idosa e com deficiência, promovendo a igualdade de género e inclusão.

A literatura evidencia que as desigualdades podem ser combatidas através de abordagens pluridimensionais que promovam a participação em atividade física (Ball et al., 2015). Estas intervenções são especialmente importantes para promover a equidade nos grupos vulneráveis, cujas taxas de participação na atividade física são geralmente mais baixas (Forberger et al., 2017; Pederson et al., 2015). A prática e adesão à atividade física ao longo da vida é um dos pilares basilares para a promoção da saúde, contribuindo para um crescimento saudável, reduzindo a prevalência de doenças e melhorando a qualidade de vida nas várias populações. As bicicletas, em particular, podem consistir num veículo de promoção da atividade física inclusivo, uma vez que proporcionam uma forma de exercício de baixo impacto, acessível e sustentável, a qual pode ser utilizada em todas as fases da vida, incluindo crianças a partir dos três anos de idade (Mercê et al., 2023), populações com perturbações motoras (Mercê et al., 2021), deficiência (Ulrich et al., 2011), e idosos com limitações físicas (Forberger et al., 2017).

O MOVE4INCLUSIVENESS está alinhado com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, a qual preconiza o aumento da atividade física em todas as faixas etárias para promover saúde, i.e., prevenir doenças, promover e bem-estar mental e inclusão social (Hasson et al., 2022). O projeto alinha-se igualmente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da União Europeia, especialmente com os ODS 3 (Saúde e Bem-Estar), ODS 5 (Igualdade de Género) e ODS 10 (Redução das Desigualdades), promovendo a participação ativa de populações vulneráveis em programas de atividade e exercício físico. Este projeto procura assim mitigar as barreiras para a prática de atividade física, criando programas e meios para a democratização da prática da mesma, nomeadamente através do uso de bicicletas como parte de uma estratégia de mobilidade ativa e envelhecimento saudável (Otterbein, 2022). As bicicletas podem ser integradas na promoção de atividade física e da saúde por serem inclusivas, sustentáveis e acessíveis, permitindo que comunidades inteiras participem de programas de promoção da saúde, independentemente de classe social ou género.

Palavras-chave:Desigualdade; Inclusão; Atividade Física; Saúde; Bicicleta.

Objetivos específicos:

• Promover a igualdade de género e inclusão de populações vulneráveis (e.g., crianças, mulheres, pessoas com deficiência e idosos) no acesso a programas de atividade física;
  
• Promover o uso de bicicletas como estratégia na mobilidade ativa entre as populações vulneráveis;
  
• Aumentar a conscientização sobre a importância de estilos de vida saudáveis para todas as populações e fases da vida;
• Desenvolver e aplicar programas de exercício físico em ambientes comunitários inclusivos.

Referências:

1. Ball, K., Carver, A., Downing, K., Jackson, M., & O'Rourke, K. (2015). Addressing the social determinants of inequities in physical activity and sedentary behaviours. Health Promot Int, 30 Suppl 2, ii18-19. https://doi.org/10.1093/heapro/dav022
2. Forberger, S., Bammann, K., Bauer, J., Boll, S., Bolte, G., Brand, T., Hein, A., Koppelin, F., Lippke, S., Meyer, J., Pischke, C. R., Voelcker-Rehage, C., & Zeeb, H. (2017). How to Tackle Key Challenges in the Promotion of Physical Activity among Older Adults (65+): The AEQUIPA Network Approach. Int J Environ Res Public Health, 14(4). https://doi.org/10.3390/ijerph14040379
3. Hasson, R., Sallis, J. F., Coleman, N., Kaushal, N., Nocera, V. G., & Keith, N. (2022). COVID-19: Implications for Physical Activity, Health Disparities, and Health Equity. Am J Lifestyle Med, 16(4), 420-433. https://doi.org/10.1177/15598276211029222
4. Mercê, C., Davids, K., Catela, D., Branco, M., Correia, V., & Cordovil, R. (2023). Learning to cycle: a constraint-led intervention programme using different cycling task constraints. Physical Education and Sport Pedagogy, 1-14. https://doi.org/10.1080/17408989.2023.2185599
5. Mercê, C., Pereira, J. V., Branco, M., Catela, D., & Cordovil, R. (2021). Training programmes to learn how to ride a bicycle independently for children and youths: a systematic review. Physical Education and Sport Pedagogy, 1-16. https://doi.org/10.1080/17408989.2021.2005014
6. Otterbein, M. (2022). Physical Activity & The Sustainable Development Goals. Journal of Emerging Sport Studies. https://doi.org/10.26522/jess.v3i.3711
7. Pederson, A., Greaves, L., & Poole, N. (2015). Gender-transformative health promotion for women: a framework for action. Health Promot Int, 30(1), 140-150. https://doi.org/10.1093/heapro/dau083
8. Ulrich, D. A., Burghardt, A. R., Lloyd, M., Tiernan, C., & Hornyak, J. E. (2011). Physical activity benefits of learning to ride a two-wheel bicycle for children with Down syndrome: a randomized trial. Phys Ther, 91(10), 1463-1477. https://doi.org/10.2522/ptj.20110061

Projetos Relacionados:

• TRAIN4HEALTH
• SEDY
• SEDY2
• VASELFCARE
• Escola Ativa
• MutatisMutandis
• SafeCycle4Kids

Estudantes de Mestrado/Doutoramento

• Um estudante de MSc
• Um estudante de PhD

Organizações Apoio

• MUBi | Association for Urban Mobility by Bicycle (to be contacted) / MUBi / Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (a contactar)
• Portuguese Paralympic Committee (to be contacted) /Comité Paralímpico de Portugal (a contactar)
• Portuguese Cycling Federation (to be contacted) / Federação Portuguesa de Ciclismo (a contactar)
• Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta
• Santa Casa da Misericórdia Nacional
• Associações como a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO)
• Associação Portuguesa de Deficientes (APD)
• Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta